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Sem mais,
Julia Campanucci

terça-feira, 28 de junho de 2011

Eu sou dependente do amor...

 

Se você fosse uma bebida eu repetiria a dose
Se você fosse uma droga entraria em overdose
Você é,
Meu vicio sem fim
A luz do luar, os versos da poesia
As ondas do mar, o ritimo da melodia

Flores, as flores
Vão voltar na primavera
E quem me dera se a flor mais bela
Voltasse pra mim

(Legião Urbana)


Eu quero evitar, mas não posso resistir.
Eu quero sair, eu quero ir. 
Os amigos dizem pra eu me esforçar, dizem que não é hora de parar, 
querem, pedem pra eu continuar, não vacilar, mas eu sei lá...
eu quero a porcaria e a droga que é  te amar...
Você é o  traficante,
tem a droga chamejante 
do meu vício suplicante. 
Você sabe o mau que isso me faz, 
mas me supre com abundancia, 
alimentando - me sempre da mesma substancia:
teu olhar inebriante, teu sorriso extasiante
que uni-se ao meu desejo suplicante 
e faz de mim um ser quase fulgurante, ou melhor seria, figurante.
Nossos encontros tão intensos, tão rápidos 
que me torna secundária, sem papel determinado
neste vício inacabado.
Eu tô em crise, eu não aguento mais essa abstinência 
de sonho, de emoção, 
essa resistência a vida, a paixão
Eu quero ser feliz, bem feliz...
_ Mais uma dose?
_ É claro que eu tô a fim, meu desejo de te ver, nunca tem fim
_ Que tal um coquetel de paixão?
_Com mel e limão, completa por favor! Faz melhor, enche o copo, transborda, derrama a garrafa toda...
Não me diga que horror!
Porque eu,
eu sou dependente do amor!

Julia Campanucci



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