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Julia Campanucci

sábado, 10 de agosto de 2013

É preciso tirar o Casaco pra se apaixonar!


Leio Carpinejar! Como uma criança com uma fábula em mãos, leio Carpinejar. Como uma princesa à ser salva do castelo, leio Carpinejar. Como uma mulher à ser amada, leio Carpinejar... Me encanto a cada texto, me salvo a cada página ... traz pra perto, um tempo que não existe mais, traz amor ao desamor ...
Meu exemplar romântico deve existir. Perdido em algum lugar deve haver alguém  doido pra se apaixonar, com vontade de amar... pronto pra tirar o casaco e compartilhar.







O homem só depende de um casaco para ser gentil.

Deve levar sempre um casaco consigo. Estar preparado para o arrebatamento.

Mesmo que seja um sol de rachar. Ou um mormaço amazônico.

Ele vai precisar oferecer para uma mulher em algum momento. O casaco é que diferencia o cavalheiro dos outros mortais.

O casaco é a arma romântica, a elegância do improviso. Evidencia seriedade de princípios, já que a educação desenvolve intimidade.

É só oferecer o casaco, que ele mostra ser capaz de ceder sua vida, cria empatia com o mundo feminino, assinala vigilância e cuidado.

O casaco é um dos itens obrigatórios para sair de casa. Por isso, a mãe sempre pedia para nunca esquecê-lo na infância.

Não é somente um casaco, mas um colete salva-vidas para as situações amorosas.

Nosso casaco não é para nós, mas para elas.

É óbvio que sua namorada estará desprotegida, toda mulher sai com pouca roupa de noite para se manter sensual.

Ela se sacrifica por você, você se sacrifica por ela. Dois sacrifícios formam uma escolha.

O casaco é um reforço secreto na saída do bar ou do restaurante, nossa alma de linho a desafiar nevoeiros e ventos.

Representa nosso farol, nosso castelo, nossa fortaleza viril.

Simples de tirar e se converter em novos significados. Multifuncional por essência, o equivalente a um canivete suíço. Numa única versão de pano, temos abridor de condicionamentos, tesoura de conversa, serra a críticas, lima para frieza, alicate de travas e chaves de fenda do coração.

Com um casaco, o homem saca um guarda-chuva para sua companhia atravessar a tempestade.

Com um casaco, o homem inventa uma almofada para ela deitar a cabeça ou sentar no chão.

Com um casaco, o homem espanta o frio incômodo dos ombros na madrugada.

Com um casaco, o homem salva sua parceira das sessões gélidas de cinema.

Com um casaco, o homem inaugura um cobertor nas pernas.

Além de eliminar a necessidade do telefonema do dia seguinte. Ele cria automaticamente a necessidade do segundo encontro, e ainda transferindo a responsabilidade para a mulher de entrar em contato.

Ao deixar o casaco, ela terá que devolvê-lo. Duvido que não ponha um bilhete de agradecimento no bolso.

O casaco é também a primeira correspondência de amor.


 Fabrício Carpinejar



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